terça-feira, 17 de maio de 2011

Religião Nacional


O relógio nos indica que vai começar, a vinheta da televisão convida o silêncio para o aposento, no sofá homens e mulheres assistem atentos onde de tempos em tempos se houve uma resposta malcriada para um personagem que ali no campo está. Não estamos numa igreja, não é à um religioso que está a atenção; na verdade o grande espetáculo está ali nos pés de alguns homens que dominam a bola num campo verde. Essa é a nossa religião nacional, num país laico onde nenhuma religião é a oficial optamos por uma diferente das tradicionais ou até mesmo desconsiderada sagrada.
Confesso que não entendo de futebol, nem ao menos tenho muita paciência para assistir; mas quando começa o jogo do meu time querido um espirito de competição pulsa nas minhas veias e me pego gritando com alguns juízes ou jogadores tanto do meu time como do adversário. Acredito que gostar de futebol seja uma herança de nós brasileiros, foi esse o esporte escolhido para ser idolatrado por nós e muitos estrangeiros pela beleza de jogadas e o respeito que deva existir.
Infelizmente muitos torcedores confundem os sentimentos; como disse anteriormente quando assisto à um jogo crio um sentimento de competição e esse sentimento possui outros derivados negativos porque afinal ninguém nunca quer perder. Mas a questão é até onde essa competição pode ir? Uma coisa é bem obvia essa competição acaba nos limites do campo. Então você torcedor invés de ficar xingando o adversário poderia mostrar ao mesmo que o seu time querido tem outros méritos à se orgulhar e se ele perdeu hoje talvez ganhe amanhã ou na próxima; como no próprio jogo tudo só é uma questão de tempo.

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