sábado, 29 de outubro de 2011

O que realmente gosto



Estou no último ano do Ensino Médio e como é de praxe fizemos Pedágio – brincadeira de terceiranistas onde em um determinado dia da semana os alunos vão fantasiados de acordo com o tema escolhido – no dia da tribo eu fui de nerd porém essa proposta me fez pensar: a que tribo pertenço? Sinceramente não sou igual minha mãe que gosta de corte e costura, não entendo sobre de todos os assuntos do mundo como o meu pai, mesmo me importando não vivo pela política como minha amiga Agnes, por mais que seja preguiçosa não consigo ficar sem fazer nada como o Eric, jamais me imaginei sendo física como o Cotia quer, não suporto crianças por isso jamais serei professora infantil como minha irmã e não sou um artista como o Gabriel que escreve, desenha, compõe, toca, atua e tudo o mais.
Olhando para mim no espelho fiquei a procura do que eu realmente gosto, sabe eu realmente consigo lidar com corte e costura, procuro entender de todos os assuntos para saber argumentar, sei do básico da política brasileira que já me faz querer mudar tudo, realmente sinto uma preguiça daquelas de passar o dia sem fazer nada, compreendo que a física está presente em nossas vidas e na minha imaginação depois de cada livro/filme/música interpreto e por isso sou uma grande artista. Mesmo convivendo com tudo isso nada disso me faz os olhos brilhar.
Nesse ano aprendi muito com cada situação que vivi, sinto que estou amadurecendo devagar. Particularmente entendo um pouco mais de mim ou melhor, estou me aceitando mais agora. Descobrir que sou assexual foi um alívio que me tirou das costas o peso de ser uma ET, no entanto descobrir uma Stephanie romântica que chora por quase tudo e não é má muito menos forte a todo momento foi difícil de aceitar. Porém isso tudo era apenas preconceito da minha cabeça afinal é exatamente essas coisas que me levaram a descobrir o que realmente gosto. E sabe do que eu gosto? De histórias, histórias alegres e tristes, românticas e de suspenses, em filme, livro ou música, as que crio e as que vivo. São as histórias que me fazem os olhos brilharem, talvez porque é por meio delas que me torno personagem e vivo todo aquele mundo ou porque minha mente é muito fértil e precisa de alimento para sobreviver.
Existem pessoas que acabam se enganando por puro preconceito mas o que realmente se gosta jamais é cafona pois é importante para nós, como é importante para você é o que importa.

3 comentários:

  1. Ah que saudade disso! Teté, você não é ET, e sua tribo é a minha também, a da Agnes, Eric, Renato. Poxa, queria tanto ler da maneira que você ler e agir da maneira que age ( por isso criei a Sally ). Todos nós temos essas coisas de crise de identidade, eu tenho até hoje. Mas eu já ouvi dizer que a maior certeza de um homem ( em sentido geral, ser humano ) é não ter certeza de nada... Quem sabe esses passos escuros não nos leve a um lugar que você sempre sonhou, para você, para todos que citei anteriormente e etc..,
    Bom, acho que eu nem precisava escrever tanto se você escrevesse um pouco mais aqui, mas acho que tudo se resume em um " EU TE AMO " que não é só meu, de todos seus amigos. Por mais que fiquemos longe, estaremos com você.

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  2. "Somos pessoas e, por isso mesmo, somos complexas, ricas, contraditórias etc."

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  3. Também amo vocês e é por isso que estou triste.

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