quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Sempre esquerda



Desde o lendário Big Bem a humanidade só vem evoluindo. Cada nova geração agrega algo para a história. Infelizmente existe muitos conservadores que impedem a evolução, nessa hora que entra os revolucionários. Novamente infelizmente, minha geração e até mesmo a anterior se acomodou, muitos criticam em redes sociais porque é mais cômodo para si. Isso não é um verdadeiro envolvimento, criticar nunca resolveu nada e nem vai começar agora.
É muito bom você estudar a história e se apaixonar, se bem que é exatamente essa paixão que está faltando agora. Na minha escola, principalmente na minha sala os alunos são de classe média para cima; por isso a situação do país não os incomoda, eles podem pagar escola, plano de saúde, segurança e outras coisas básicas que faltam nas outras classes. Faço parte desse grupo ainda que tudo isso me incomode. Pessoas vivem com menos que muitos amigos ganham de mesada, isso é assustador. Esses que tem muito reclamam que tem pouco dinheiro enquanto os que pouco possuem são alegres e bondosos. O contraste vem da grande divisão que o país tem. Brasil: o país da diversidade é dividido por classe social, religião, time de futebol e qualquer outro rótulo. O que todos esqueceram é que somos filhos da mesma nação; nação essa rica em beleza e outras coisas. Me apavora ver que as pessoas se incomodam mais com o governo de outros países enquanto o do seu próprio país está cada vez mais corrupto. Na escola mesmo aprendemos mais sobre os EUA do que o Brasil – quem sabe todas as guerras em território brasileiro?
Não sou a pessoa mais justa do mundo e nem entendo muito bem a política. O pouco que sei é o bastante para separar essa alienação que a maioria dos jovens vive. Não se pode apenas descobrir isso, você tem que querer mudar, AGIR, é a próxima regra. No dia 12 de outubro haverá uma passeata: “Unidos contra a corrupção” na Avenida Paulista organizada pelo grupo Nas Ruas e outros grupos. Amo meu país e quero seu bem , preciso ajuda-lo ao invés de larga-lo como é o grande sonho de muitos. Eu estarei lá porque argumentar apenas aqui já não me basta, espero que as pessoas que leem esse post esteja se conscientizando de toda essas entrelinhas da sociedade que vivemos. Quem não mora em SP não precisa se preocupar, terá outras passeatas em outros estados.
Como em um filme que assisti – V de vingança, recomendo – a população não pode ter medo de seus governantes, os governantes que deve temer sua população. Chegou a hora de se movimentar, de escrever uma nova história onde todos podem ter as mesmas coisas.
Depois dos homossexuais e adeptos ou simpatizantes da cannabis saírem às ruas para reivindicarem seus direitos. Chegou a hora dos BRASILEIROS irem a luta. Meu único pedido é que não me envergonhem. Cansei dessa juventude que gasta muito dinheiro e tempo com artistas internacionais enquanto não conhece sua própria cultura.
Desculpe pela aleatoriedade no texto a culpa é toda da indignação, que você também deveria ter.

domingo, 25 de setembro de 2011

Vendida



Me vendi! Admito, EU ME VENDI para a burguesia. Todos os planos de anos atrás e repudias são hoje totalmente diferentes.
Diga-me o que é se vender? Fazer novos amigos? Frequentar lugares burgueses? Vestir-se de um modo diferente? Enriquecer sua cultura? Foi por essas atitudes que fui julgada e condenada. Vocês dizem que eu mudei, jogo-lhes na cara que estou amadurecendo. Nossos caminhos pegaram atalhos diferentes, subir num ônibus verde não me contenta mais como a vocês, eu quero e preciso passear nos ônibus amarelos, azuis, vermelhos, todas as outras cores possíveis.
Não sou ingrata e deixo bem guardado todos os momentos que vivemos juntos, vocês todos me levaram de um jeito ou de outro para o lugar que estou hoje. Sinto falta de cada segundo que compartilhamos mas no entanto esses segundos já se passaram e agora vivemos outra realidade. Dói ver que o retrato foi o único a sobrar porém me dói ainda mais pensar que acabou, por isso estou sempre a espreita observando de longe cada vidinha que me alegra porque para mim amigos de verdade só lhe desejam o melhor mesmo de longe, muito longe.
Novamente admito que me vendi mas não me arrependo e parece ruim na sua percepção porém é um modo de vida legal e deslumbrante. Apostei alto, perdi e ganhei, estou feliz com cada decisão, todos os méritos são exclusivamente meus. Pareço uma traidora, mas nessa minha vida nada se perde tudo se agrega. Afinal uma vida de proletariada burguesa ainda é uma nova experiência, e toda experiência pode ser uma grande descoberta para o mundo ou um grande fracasso.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Colcha de retalho



Uma vez na aula de filosofia meu professor nos disse que nossa personalidade é uma grande colcha de retalhos. Possuímos características das pessoas que admiramos e é exatamente por isso que somos diferentes. Acredito eu que ninguém gosta 100% da mesma coisa que outra.
Do dia 01 a 11 de setembro aconteceu no Rio de Janeiro a Bienal do Livro contando com a presença de muitos autores internacionais e nacionais. Infelizmente não foram todos esses autores que se disponibilizaram a vir para São Paulo. Enfim, a Lauren Kate escritora da série Fallen – série onde tem um dos meus Personagens favoritos – fez uma tarde de autógrafo e lançamento do 3° livro da série: Paixão no Shopping Morumbi. Com bons argumentos convenci meus pais deixarem eu ir. Junto com o meu amigo Gabriel Mazaro do blog Pro-Ex-Zaz fomos direto da escola para lá. Chegamos às 14hrs e mesmo a Lauren Kate chegando apenas 18hrs fiquei com a senha de número 50, na fila vi blogueiros famosos como a Leitora Compulsiva, encontrei o emprego dos meus sonhos e fiz amizade como no Jardim de Infância – beijos Karina -. Confesso que fui apenas pelo glamour de ter um livro autografado e acompanhar meu amigo que é muito fã da série, já que a única coisa que sabia referente a escritora é de que ela se inspirou no marido fazer o Cam. Mesmo não sendo minha escritora favorita autografando o livro eu realmente adoro essa série por isso não pude evitar de ficar nervosa quando a fila começou a andar e caiu a ficha de que iria conhecer a escritora.

A Lauren Kate é muito mais bonita pessoalmente do que nas fotos da orelha dos livros, foi super profissional e até começou com a tarde de autógrafo 15 min. Antes. Ela brincou com o Gabriel – que estava na minha frente na fila – quando chegou minha vez eu comentei que era meu aniversário, ela ficou tão feliz me deu parabéns, autografou meu Fallen com um “Happy Birthday” e o Tormenta ela pediu para que soletrasse em português, nesse momento já não me lembrava mais do alfabeto em inglês e falei tudo em português mesmo, saiu um “Feliz Aneversário” – ela não entendeu o ‘i’” - muito fofo. No último livro lançado, Paixão ela autografou “Achar sua paixão” uma pequena praga escrita também em português. Depois dos meus livros autografados ela me abraçou e tiramos fotos. Sai da sala tremendo e muito contente do meu inglês SOS não ter me envergonhado – tanto.
Sabe o que eu realmente aprendi com tudo isso? Não pudemos julgar o livro pela capa – literalmente – já que apenas comprei Fallen por causa da capa e julgava a Lauren Kate uma esnobe. Muitas vezes quando leio o livro me encanto pelos personagens e me esqueço de dar o devido crédito para os autores que nós proporciona tamanho prazer ao viver a história junto com os personagens. Vi que os personagens vive dentro dos autores. Hoje eu realmente aprendi a ver os autores de um jeito diferente.
Ter um livro autografado não é apenas um luxo, o prazer em que se tem ao conhecer o escritor é inexplicável. Jamais vou esquecer da minha primeira tarde de autógrafo.

domingo, 11 de setembro de 2011

Perseguida



Estou no mesmo corredor que atravesso todos os dias com a mochila pesada, meu lanche na hora do intervalo, meus amigos ou sozinha como estou agora.
O corredor continua com o mesmo comprimento, cheio de portas de sala de aula com alunos brincando ou brigando mas sempre em vozes elevada.
Lembra-se como andávamos devagar, tentando remediar o máximo para chegar ao final do corredor e termos que nos separar? Atravessamos tantas vezes esse corredor sempre absortos em conversas e envolvidos em abraços. Aquele tempo parece ter sido tão longe agora, só me lembro de tempos bons; do Sol quente e você reclamando por eu ainda estar de moleton ou de você me guiando pelo meio das pessoas enquanto ficava de olhos fechados com a cabeça encostada em seu peito. Tantas coisas aconteceram nesses últimos tempos, perdi e ganhei tantos sentimentos, agora o que me restou foi a travessia do corredor em dias chuvosos, ensolarados e nublados com uma neura de perseguição na cabeça. Todos estão olhando para mim; para as minhas olheiras profundas, para a minha franja loira no meio de tanto cabelos negros, ou o meu moleton num dia de calor.
Meu pesadelo de ser perseguida num corredor, aquele que acordava no meio da noite e te ligava agora está acontecendo de verdade e diferente do sonho onde você me carregava para a salvação são as minhas pernas que com algum esforço me tira do perigo. Por que isso é a vida real e aqui não é um sonho, não existe tempo para esperar um herói, a salvação depende de mim – fisicamente e psicologicamente.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Somos tão jovens ainda



Era mais um dia comum com uma pausa no serviço para o almoço, me vejo sentada na praça de alimentação do shopping com o estômago à roncar e os olhos à captar. Para uma pessoa com tanta imaginação um simples sorriso já agita as ideias.
O almoço demora para chegar, já não sinto a fome que aperta pois um casal da mesa na minha frente me chamou a atenção. Reparo como a menina fala sem parar e o garoto desenha num caderninho. Imagino que já está a noite em algum restaurante que precisa de reserva para se usufruir. O casal que não passa de dois adolescentes no auge dos seus dezesseis anos chega de carona no carro do pai do garoto que vestiu sua calça jeans preta, uma camisa xadrez com um colete preto; abre a porta para a namorada que veste saia de tule preta com uma blusa de decote de coração com bolinhas, alguma nova moda teen. Ambos estão tão felizes, o garoto que coloca sua mão em cima da mão da garota que fala sem parar. Existe uma troca de juras de amor, daquelas que os adolescentes copiam de filmes ou textos românticos. E eu? Eu ainda estou esperando meu almoço ficar pronto quando volto para o cenário da praça de alimentação para ver um novo personagem entrar na história. Esse novo garoto cumprimenta o outro com um toque típico de adolescente e beija a garota nos lábios. Sinceramente? Fico tão decepcionada quanto o olhar do primeiro garoto, mas o que posso fazer? Não estamos no restaurante que precisa de reserva e essa não é uma cena romântica, como disse no começo era apenas mais um dia comum na minha vida e na das outras pessoas.

sábado, 3 de setembro de 2011

Consulta ao psicólogo



É tão irônico como o dia pode ficar bonito quando se está triste. Diferente dos muitos outros dias da minha vida ao abrir os olhos já me deparei com uma dor de cabeça, obviamente que levantei da cama como se nada de ruim estivesse acontecendo. O problema é que está acontecendo; eu estou apavorada, com tanto medo ao ponto de quando ninguém vê eu choro até soluçar. Essa vida adulta que tanto almejo agora está iminente, o garoto a qual me declarei pela primeira vez na vida porque tinha certeza que era recíproco partiu o meu coração quando me disse que somos apenas amigos, meus pais que não se intrometem no que decido não conseguem aceitar que eu mude de carreira, a banda que eu amo desde os 12 anos está vindo para o Brasil e com certeza não vou ao show novamente, a morte do meu irmão não consegue ser superada, não consigo me reaproximar de amigos que eu sinto tanta falta, a cada vez que leio uma nova história ou assisto não consigo ficar sem comparar com a minha  vida, não existe possibilidade de mim fazer intercâmbio no ano que vem, a única certeza que tinha desde que entrei no ensino médio é de que seria técnica de edificações porém nem isso eu tenho mais já que o TCC está ferrando com tudo. Esses problemas estão me enlouquecendo, não consigo resolver nada disso, talvez se eu falasse em voz alta para alguém; não, isso não ia resolver. Na verdade alguém precisa me ajudar com isso e esse alguém sou eu: Stephanie Gilvania Lima Silva Alves que sempre ri dos outros, consegue passar horas falando do futuro como se assim isso fosse realmente acontecer. Ainda não tenho forças para sair da minha redoma de vidro e enfrentar a vida, agora quero me trancar mais para compreender a mim mesma. Minha crise dos 18 já se instalou na casa da paranoia que existe em mim, portanto está na hora de despejá-la por ser tão malcriada. Do sonho adolescente para a vida adulta só existe uma grande crise, a pior crise.