quarta-feira, 27 de julho de 2011

Corações são partidos

Uma típica quarta-feira escolar chegava ao fim. Não estamos no começo mas ainda não chegamos no fim de semana era exatamente assim que Sofia e Antonieta se sentia diante do término de um trabalho depois da aula.
- E esse sol que não está trabalhando direito, nem estou me sentindo aquecida. – Antonieta que odeia calor agora reclama do frio, mas é exatamente por isso que Sofia gosta tanto da amiga. Suas reclamações e neuras alegram Sofia todos os dias do ano
- Pensei que gostasse de frio. – Sofia disse irônica
- E gosto. – Antonieta desviou o olhar para longe, institivamente Sofia olhou para onde antes estava o olhar da amiga. E ali na frente do ponto de ônibus Douglas e uma outra garota estava num abraço que unia seus corpos quase num só e no beijo o ardor da paixão inundava o casal
Sofia piscou algumas vezes para impedir de que as lágrimas caísse ali mesmo, mas não conseguiu impedir de seu estômago revirar-se num salto ornamental. O pai de Antonieta buzinou para as meninas e ofereceu carona à Sofia que aceitou, o quanto mais rápido chegasse em casa seria melhor. Foi um trajeto sem muito diálogo e atmosfera de funeral, Antonieta procurava disfarçar a situação com o pai e Sofia procurava entende-la; como isso havia acontecido e todos aqueles flertes foram apenas conversas aleatórias?
No portão de casa Sofia agradece a amiga e o pai dela pela carona, sobe a escada de dois em dois degraus com a cara de que o dia foi perfeito. Sua mãe estava ocupada demais para perceber que a filha estava magoada e até mesmo frustrada. O teatrinho teve de continuar até Sofia se ver sozinha em seu quarto, a cena do casal desde vista jamais saiu da sua cabeça por se quer um momento mas agora com apenas ursinhos de pelúcias presenciando ela se sentiu pronta para chorar. Seu choro foi por não existir mais o nós que ela acreditava, por ele ser corajoso o suficiente para brincar com os sentimentos das pessoas e ainda mais por ela que se decepcionou com seus sonhos. E ela chorou por ela, por ele, por eles; um choro de promessa. 

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